Quando tudo é mais do mesmo apenas, nada se destaca. Mas no contraste percebemos claramente os nossos desejos, o nosso SER, as nossas forças e vulnerabilidades e podemos escolher qual o caminho a seguir com maior clareza.
Deixa que as estrelas te guiem na escuridão e repara como a escuridão é bela, pois permite ver tudo com mais clareza.
Aliás, repara como quando te encontras na luz e olhas para o escuro, mal consegues distinguir o que lá se encontra. Apenas percebes com clareza o que está igualmente na luz.
Ao olhares as sombras elas parecem-te toscas, disformes, por vezes gigantes.
Quando te permites entrar no escuro/sombra e aguardar que os teus olhos se ajustem, podes ver com muito mais clareza aquilo que ali se encontra.
Podes até perceber que as coisas não são tão disformes ou toscas como te pareciam. De todo. Consegues até ver-lhes a beleza e utilidade.
Repara então como a partir da sombra podes ver o que está na sombra E o que está na luz. Coisa que não acontecia na posição anterior.
Aceita luz E sombra, como parte do mesmo. As duas faces da vida, do SER. Ambas necessárias, úteis e belas.