As perguntas podem ser tão ou mais orientadoras do que as respostas. Mas também têm o potencial de nos desorientar.
As perguntas que usamos mais frequentemente são construídas na forma de “porquê…?“. Mas o porquê faz parte da linguagem da ansiedade. O porquê remete-nos para os elementos da equação que muitas vezes sentimos não poder controlar.
Estes elementos referem-se a algo que os outros fizeram ou disseram, àquilo que nós fizemos ou a determinadas circunstâncias. Ou se encontram no passado e já não podem ser evitados ou os consideramos sob o controlo de algo ou alguém exterior a nós.
Outras vezes é a ansiedade de encontrar a resposta que tarda em aparecer.
Seja como for, o resultado é muitas vezes a ansiedade. Em maior ou menor grau, ela está presente em qualquer um dos cenários. Isto porque sentimos que algo está fora do nosso controlo.
Já o como faz parte de uma linguagem diferente. O como refere-se ao processo, a como chegar a um resultado. E, identificados os passos a dar, sentimos o controlo de volta às nossas mãos e a ansiedade desce. Desce porque estamos a fazer algo para obter um resultado diferente.
Enquanto o foco estiver naquilo que sentimos não ter, o potencial de ansiedade aumenta. Quando o foco se encontra no processo e naquilo que podemos e estamos a fazer para criar ou mudar algo, ele desce necessariamente.
Partilho ainda uma breve reflexão mais antiga sobre este tema.
Veja o video abaixo.
Se tem experimentado um nível de ansiedade desnecessariamente elevado na sua vida, experimente trocar os porquês pelos como’s.
Deixe o seu comentário abaixo
