Todos nós temos um sistema muito próprio de crenças, conceitos, pré-conceitos, programações e auto-limitações que se foi formando ao longo da nossa vida, através das mais diversas circunstâncias. Circunstâncias estas, vivenciadas em primeira mão, por proximidade ou até com maior distanciamento mas de forma continuada, marcante ou com uma carga emocional específica que caracterizou determinada situação e todas as associações que a ela fizemos.
Reagimos a cada um destes momentos de uma forma muito própria, de acordo com o nosso universo de experiências e aprendizagens prévias. Processamos de melhor ou pior forma uma ou outra situação, libertamos ou reprimimos de forma mais ou menos fácil as emoções associadas a outras. Tudo de acordo com o somatório do passado e do presente.
Estas aprendizagens, programações e condicionamentos, talvez na sua maioria, não se instalaram no nosso inconsciente da noite para o dia e podemos até ter vindo a reforçar cada um deles. Mas muitas vezes acontece procurarmos “curas” rápidas para os nossos automatismos e respostas, tanto da mente como do corpo, que já não são úteis e que dificultam a nossa caminhada.
Por vezes acontece, para uma situação específica, encontrarmos o interruptor certo que “desliga” aquele condicionamento incómodo e toda a situação parece resolver-se por si só de forma quase instantânea. Mas cada pessoa é única, assim como cada universo de experiências e cada situação específica.
Se pensarmos que os condicionamentos demoraram algum tempo a serem construídos e os hábitos podem ter amadurecido ao longo dos anos, compreendemos facilmente que a substituição ou rearranjo destas programações e hábitos pode precisar de algum tempo para acontecer e se fazer sentir.
Não gostando de prolongar as terapias mais do que necessário e para prevenir qualquer dependência, desde o início são ensinadas e colocadas em prática todas as ferramentas que esta prática permite para que cada pessoa saiba por si mesma “fazer frente” a cada novo condicionamento ou situação indutora de stress.
No entanto, em terapia regressiva, por exemplo, é comum as pessoas quererem resolver o seu problema numa primeira sessão ou apenas com os dados que surgiram numa única regressão de memória. Mas isto apenas pode funcionar como um penso rápido. Podemos até “aplacar” os sintomas mais urgentes, mas a origem destes ainda lá está e na próxima situação-estímulo daquela condição, todo o problema se volta a fazer sentir na mesma ou noutras proporções.
É preciso compreender que:
É necessário ir mais a fundo no problema e identificar a programação ou condicionamento na sua origem.
Mesmo que não se identifiquem os primeiros momentos em que o problema se fez sentir, o que pode parecer contraditório.
É necessário descobrir o que causa a dor de cabeça, para além de qualquer medicamento a que possa recorrer para um maior conforto. Pode não ser necessário identificar a situação em que a dor de cabeça se fez sentir pela primeira vez, mas é importante identificar o porquê da dor e os mecanismos que estão a ser accionados no momento em que esta é despoletada.
E para isso é preciso um trabalho mais profundo.
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